Os ministros do STF aprovaram por 10 votos a 0 a união civil entre casais de mesmo sexo. O que isso significa, na prática? Que a constituição de uma família não é prerrogativa de gêneros distintos. Dous homens, duas mulheres, a mãe e sua filha, a avó e seus netos são considerados também, entidades familiares, com prerrogativas legais e direitos garantidos. E eu estava lá! Acompanhando aquela sessão histórica e vendo de perto as expressões de alegria de uns, a constrariedade de outros. Foi, ao menos pra mim, uma aula de legislação e de direito. O mais importante, etrentanto, é que o país entra no seletro grupo de países que começam a garantir direitos iguais para TODOS e para TODAS.
A partir dessa decisão, o Judiciário provoca o Legislativo a sair da inércia e do silêncio velado para definir o contorno dos direitos de milhões de gays e lésbicas brasileiros que são constantemente negados.
Evidentemente que no Congresso essa questão é mais espinhosa já que, uma bancada, ao utilizar o nome de deus, contribuie para a violência, para a discriminação e o preconceito.
Vivo com meu companheiro há anos e somente nestes últimos tempos é que vivenciamos lampejos da segurança jurídica, tão importante para qualquer casal que tem no amor e no afeto a sua vivência e existência. Mesmo assim, nos são negados 111 direitos, como adoção de crianças, financiamentos diversos, compartilhamentos de planos de saúde, e por aí vaí...
Mesmo saendo que os latidos serão altos, que os cães estarão cada vez mais ferozes e as mordidas, por vezes, dolorosas, sabemos que ainda estamos apenas começando...
Direitos iguais. Nem mais! Nem menos.
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