No final do no passado, todas as escolas foram convocadas, para receberem, no Centro de Convenções, a versão preliminar do Currículo da Educação Básica, para que, no decorrer deste ano letivo, ela fosse modificada, recebendo contribuições, críticas, sugestões e reflexões de todos nós, professores e professoras, equipes gestoras, coordenações e supervisões pedagógicas e estudantes.
A partir de 03 de agosto, quando acontece mais um dia temático, além da leitura de diversos textos, indicados pela SEDF, vamos escolher os/as representantes das escolas que participarão de Plenárias Regionais, entre os meses de setembro e outubro, que indicarão nossas propostas.
Espera-se, portanto, uma grande mobilização da categoria, já que estas orientações curriculares tem, a princípio, uma durabilidade de 10 anos.
É então uma boa oportunidade para que nós possamos, à luz de nossas experiências cotidianas e das pesquisas acumuladas sobre o tema, definir o que vamos ensinar e como fazê-lo, levando em consideração os interesses dos/as estudantes, do mundo do trabalho e do Estado.
Entretanto, o que me preocupa é que se não tomarmos as rédeas desse processo ( o que pra mim é bem provável), a SEDF pode definir os rumos das políticas educacionais sem sermos consultados, ou que é pior, utilizando os artifícios já conhecidos (o velho verniz democrático) para implementar a tal Escola do Cerrado.
Entre as discussões já definidas estão a implantação dos ciclos para as séries finais e no limite, para o Ensino Médio (aos moldes do que já acontece com o Bloco Inicial de Alfabetização), redefinição da EJA, correção de fluxo, sistemas de avaliação, àreas do conhecimento, e por aí vai.
Apesar de já estarmos meio cansados e carimbados com essa história de discussão sobre currículo, penso ser fundamental nos interarmos sobre esses debates, sobre quais critérios serão utilizados para a construção dessas orientações, e, principalmente, resignificarmos nosso papel nesse processo: Será que nossos ceticismo será preponderante? Como podemos influir nessa discussão? E isso, pessoal, é pra ontem!